O que significa ser feminina para você? Você sabe o que é feminilidade?
Feminilidade é um substantivo feminino que significa qualidade ou caráter de mulher; atitude feminina; feminidade.
Com o passar dos anos e a ascensão do patriarcado a mulher foi levada e induzida a abandonar algumas características que fazem parte da dádiva de ser mulher. Abandonar para se sentir inserida no novo contexto que estava nascendo e muitas vezes até para sobreviver dentro dessa nova realidade.
Há alguns dias postei um texto do Osho sobre feminilidade nas redes sociais e este causou uma certa polêmica. O texto aborda a questão da mulher ter se masculinizado com o passar do tempo e ter se distanciado dessa essência feminina mais doce, mais vulnerável e sutil e acabou levantando algumas questões importantes e relevantes sobre a visão atual da mulher sobre o que realmente é ser mulher. Com essa transição do matriarcado para o patriarcado muito se perdeu sobre o que é ser mulher, os julgamentos da sociedade e regras sociais acabaram maculando este conceito e distorcendo a visão da realidade.
Primeiro que Mulher é diferente de Feminino. O Feminino é uma polaridade do ser, homens possuem também a energia feminina, assim como as mulheres possuem a energia masculina. A energia feminina é mais introspectiva, intuitiva, sensual, doce e passiva. A mulher possui dentro de si um feminino mais latente e vivo, por sermos mulheres esta polaridade está mais ardente dentro de nós e viemos como mulheres justamente para trabalharmos essa polaridade.
Quando falamos em feminilidade trazemos à tona essas qualidades do feminino que são inerentes a nós mulheres. Ser mulher é ter o masculino e o feminino morando dentro de si, mas ser feminina é trazer à tona a energia do feminino que mora em cada uma de nós. Entrar em contato com essa energia não quer dizer que a mulher deve deixar o seu lado masculino de guerrear, enfrentar, conquistar e etc.
O que aconteceu foi a substituição dessa feminilidade pelo masculino, o agir, a competição para se adequar ao mundo patriarcal. Ser igual aos homens, agir como um homem é diferente de agir com o masculino. O masculino é nossa força de ação e de realização. Essas polaridades existem em ambos os sexos, cada qual irá manifesta-las de forma singular e pessoal.
Feminilidade não é ser “mulherzinha” e nem abrir mão do seu poder pessoal ou da sua garra para agir e resolver as coisas, mas ter consciência da energia feminina que habita em você e honra-la da sua maneira. É resgatar e integrar os aspectos do feminino que hoje muitos consideram fraqueza ou fragilidade e não são. É a força feminina de se curar, se conhecer e adentrar as mais profundas sombras quando for necessário. A passividade do feminino não é submissão, mas saber o seu lugar e muitas vezes deixar que a vida faça o movimento enquanto nós apenas fluímos com ela.
Para adentrar o Feminino Sagrado devemos nos despir dos julgamentos e conceitos sociais à respeito de homens e mulheres. O Sagrado acolhe tudo e a todos, inclusive aos homens. O movimento é de integração do Ser e não o contrário.
